Entenda como se formam os diferentes tipos de hiperpigmentação e quais são os gatilhos que podem tornar o tom da sua pele irregular.
Hiperpigmentação é um termo amplo que se refere a um problema muito comum: marcas escuras na pele. Essas diferenças de tonalidade podem se manifestar por muitas razões diferentes, desde acne, excesso de exposição solar e até mesmo causas hormonais (alô, gravidez*). Independente do tipo ou tamanho da marca, essas imperfeições no tom da pele estão relacionadas a distúrbios na produção de melanina. Neste artigo vamos entender melhor porque essas marcas aparecem e o que podemos fazer para evita-las.
Tudo começa com a melanina
Para entender melhor como as marcas se formam, precisamos falar sobre pigmentação da pele. A melanina é a grande responsável pela extensa paleta de cores da raça humana, e tem um papel determinante na cor da pele e na proteção natural contra os raios ultravioletas emitidos pelo sol. A produção desse pigmento acontece em células chamadas melanócitos, num processo conhecido cientificamente como melanogênese.
Mas afinal, como se formam as marcas escurecidas?
Até aqui você já deve ter percebido a importância da melanina pra nossa pele, né? A verdade é que esse pigmento só se torna um problema dermatológico quando é produzido em excesso. É a estimulação excessiva dos melanócitos que dá origem à hiperpigmentação, um processo biológico que se divide em 3 etapas.
Na primeira etapa, a pele reage aos fatores internos e externos que agridem a sua barreira protetora. Em seguida, como uma forma de defesa a essas ameaças, a pele inicia o processo de produção de melanina. Por fim, essa melanina produzida em excesso se deposita de forma irregular na superfície da pele. É esse excesso de melanina distribuído de forma concentrada e desigual na epiderme que dá origem às temidas marcas escurecidas.
São muitas as causas que fazem os melanócitos trabalharem bem mais do que deveriam, as principais e mais conhecidas são: exposição excessiva ao sol e luzes artificiais, desequilíbrios hormonais, poluição, evolução da idade, gravidez, cicatrizes resultantes de acne, atrito gerado pelas roupas e depilação ou predisposição genética.
Os diferentes tipos de marcas escurecidas
Dependendo do gatilho, a hiperpigmentação pode se manifestar de várias formas e intensidades. Por isso, é muito importante o acompanhamento de um médico dermatologista para diagnosticar corretamente e prescrever o melhor tratamento. As mais frequentes são:
- Marcas escuras simétricas: geralmente em tons acastanhados, de formato irregular e com bordas bem delimitadas que surgem predominantemente no rosto – bochechas, testa e buço – e podem ocorrer no corpo – braços, ombro, colo e pescoço. A maior incidência é em mulheres, especialmente de pele morena a negra. Acredita-se que essa condição seja desencadeada por influências hormonais (como a gravidez*, terapias com hormônios e a pílula anticoncepcional), mas o que é certo é que a exposição desprotegida aos raios solares é o principal gatilho de seu aparecimento.
- Hiperpigmentação causada pela acne: como o nome sugere, esse tipo de marca aparece depois do surgimento da acne, no processo de cicatrização. É um tipo de hiperpigmentação comum em pessoas que sofrem com a acne, mas também pode ser causada por outros fatores: picadas de inseto, peelings químicos, lasers e outros procedimentos realizados sem supervisão dermatológica.
- Marcas escurecidas causadas pelo avanço da idade: conhecidas como “marcas senis”, essas marcas escuras são causadas pelo acúmulo de dano solar sem proteção ao longo dos anos, e geralmente aparecem nas áreas do corpo que estão mais expostas aos raios UV, como mãos, ombros, tórax, rosto e braços. Esse tipo de marca é mais comum em pessoas de pele clara, especialmente depois dos 50 anos.
- Atrito ou fricção: em algumas pessoas, áreas sensíveis como axila, virilha, áreas íntimas e coxas estão mais suscetíveis a marcas escurecidas. Isso se deve por conta do atrito mecânico e contínuo causado por roupas ou pela irritação* da pele após cera e depilação.
Sobre cuidados e prevenção
É sempre importante falar que o tratamento bem-sucedido da hiperpigmentação requer um compromisso tanto com protocolos prescritos em consultório quanto com os hábitos de casa. O cuidado com as marcas escurecidas pede muuuita disciplina com o protetor solar e com os dermocosméticos indicados pelo dermatologista. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.